terça-feira, 23 de março de 2010

RESGATANDO AS HISTORIAS DE ALUZIO ALVES


Mas tenho, dos anos 30,uma lembrança. No terceito ano grito de seca, em 1932, a casa de meu pai, então prefeito de Angicos, foi cercada por centenas de pessoas - homens,mulheres,crianças há dois ou trêz dias sem comer. o prefeito mandou adquirir gêneros alimenticios e convocou donas-de-casa e empregadas domésticas para irem cozinhar no mercado público, ainda em contrução, para onde levou os flagelados.. Eu com 11 anos, fui ajudar a organizãção das cozinhas improvisadas, dos grupos a serem socorridos, emcerto momento, ouvimos um grito de loucura: casada de ouvir o choro do filho de poucos meses, a mãe, desesperada,esganou-o e, co o cadável agarrado nos braços esqueléticos, recusava-se a entregaá-lo. foi uma cena terrivelmente inesquecével, com esfrço para convencer o delegado de polícia que um ato de loucura não devia levar aquela mulher á cadeia, o que ele achava do seu dever.


Aluizio Alves
O que não esquece
Pag. 60

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